Órgãos de Apoio da CNE Sem Subsídios Há Quatro Meses, Revela Vice-Presidente
Os órgãos de apoio da Comissão Nacional de Eleições (CNE) estão sem receber subsídios há cerca de quatro meses, segundo afirmou o vice-presidente da CNE, Fernando Mazanga. Ele destacou que a situação é ainda mais crítica para os funcionários nomeados pelo Governo, que já estão há seis meses sem seus salários.
De acordo com Mazanga, o problema afeta todos os distritos do país, somando aproximadamente 2.300 pessoas sem subsídio. Ele classificou a situação como "grave" e "intencional", acusando o Governo, através do Ministério da Economia e Finanças, de estar ciente da questão, mas sem tomar providências.
Isso fragiliza os órgãos de apoio, tornando-os vulneráveis a subornos e corrupção. Estou profundamente decepcionado com o Governo, que não tem liberado os recursos, fazendo com que as pessoas culpem injustamente a CNE, desabafou Mazanga.
O vice-presidente também ressaltou que o problema persiste desde novembro do ano passado, e mesmo após reuniões com o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, não houve avanços. A situação é especialmente preocupante em um ano eleitoral, e Mazanga sugeriu que há influência externa sobre a CNE, o que compromete sua independência.
Além disso, Mazanga relatou problemas na formação dos órgãos de apoio, que deveria durar três ou quatro dias, mas foi reduzida a apenas três horas devido à falta de condições em algumas localidades. Ele criticou a falta de recursos disponibilizados pelo Ministério da Economia e Finanças, apontando que isso compromete a autonomia da CNE.
Embora o material de campanha já esteja sendo distribuído, foi produzido a crédito e por adjudicação direta, uma vez que ainda não há recursos para efetuar os pagamentos.
Contactado pela reportagem, o Ministério da Economia e Finanças reconheceu a situação, mas não deu uma previsão concreta para a regularização dos subsídios. Leia Mais...
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